domingo, 19 de julho de 2009

Não dava pra dormir.
Havia muitos sentimentos transbordando e
fechar os olhos provocava aquela inundação indesejada.
Tanta coisa está se passando...
Até minha fiel companheira, a caneta, foge de mim.
Não é bem a caneta que foge, são as coisas a serem escritas por ela.
Você já teve um sentimento sem nome?
Pois me explica, eu tenho tantos... quero entendê-los.
Eu já nem me entendo.
Nao sei mais o que quero.
Acho que quero tanta coisa, que o que eu quero nem existe mais!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

só palavras.

doce.
amor doce.
doce amor.
doce?
amor?
amargo, escroto, sem gosto.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Uma lição.

Seria muito fácil ter tudo na hora certa, do jeito certo. Muito fácil viver num mundo onde tudo que você quer que aconteça acontece, onde todas as pessoas gostam de você, onde todos os seus planos saem exatamente como planejados. Muito fácil viver alegre, sem mau-humor, sem baixo-astral, sem lágrimas, sem derrotas. Seria totalmente conveniente nascer sabendo de tudo, assim nós não perderíamos tempo nas escolas aprendendo matemática, física, química... Conveniente também seria saber quem é a pessoa certa para nós, assim não precisaríamos gastar nosso precioso tempo à procura dessa pessoa e machucando nosso coraçãozinho com as pessoas erradas. Seria fácil demais se a vida só tivesse o lado bom. Lado ruim?! Pra quê isso? Esse a gente esquece, joga fora. Embora seja mais fácil, o melhor jeito de se viver não é assim. Bom mesmo é viver os dois lados. O lado ruim da vida também tem suas positividades. Ir à luta, buscar o que quer, com força de vontade, determinação, caindo, se machucando, derramando lágrimas é muito melhor do que ter tudo nas mãos. Ja percebeu que valor das coisas é medido pelo trabalho que deu para obtê-las? Um homem não valoriza uma menina que não deu "trabalho" pra ser conquistada. Um ofício não é valorizado se não teve suor derramado. Por mais difícil que seja passar por todas as batalhas para conseguir algo, o resultado final é sempre melhor. Quando se faz algo com amor, se dá por completo, quando existe o esforço no meio, não existe percas, só ganhos. Perder é só questão de ponto de vista. O que você acha que eu perdi nem sempre é o mesmo que eu acho. Às vezes perder uma coisa significa ganhar muitas coisas. Fácil seria entrar em quadra sabendo que a vitória já estava certa. Fácil demais, e muito sem graça também. Fácil também seria perder e por isso desistir, não tentar mais, acabar ali, esquecer tudo vivido e pronto. Mas não, preferimos o caminho mais árduo, preferimos seguir de cabeça erguida, sabendo que ainda tem muita coisa pela frente, que no meio do caminho a gente pode cair de novo, pode derramar mais lágrimas, pode sofrer mais. Mas nada disso importa! Confiamos tudo a uma força maior, em algo que é concreto sim! O Amor. E enquanto ele existir a gente tenta, a gente segue, a gente continua a batalha, sempre na esperança de vencer juntos, por mais que a vitória não seja o primeiro, nem o segundo, nem qualquer lugar num simples pódio, mas sim continuarmos em unidade, na alegria e na tristeza. Se tudo fosse absolutamente perfeito nós não aprenderíamos as melhores lições, não viveríamos os melhores momentos... O perfeito não é nada perfeito. Mais bonito que "tentar, acertar e pronto" é "tentar, errar, insistir, tentar e acertar (ou não)". A força de vontade é uma arma muito mais poderosa do que qualquer arma nuclear. Por melhor que seja o sentimento de vitória, o sentimento de dever cumprido é tão bom quanto. Não devemos esquecer que qualquer que seja o resultado das competições, da aprovação do vestibular, da admissão no emprego, a vitória mais importante é a que tem dentro do seu coração. Olhar pra trás e ver todo o seu esforço, ver que você realmente tentou, deu o melhor de si, já é a maior vitória.



"É errando que se aprende, é tentando que se consegue."
E é assim que nós vamos conseguir, meus amigos, meus irmãos, meu Segundão!

sábado, 30 de maio de 2009

.


Indiscutivelmente não há uma regra para o amor. É comum pensar que existe um caminho a ser seguido, as ações a serem feitas, as palavras a serem ditas e, se não seguirmos, fizermos e falarmos as coisas certas na hora certa, vai dar tudo errado. Quem diria que um relacionamento pudesse durar sendo originado de uma brincadeira; que depois de um baque pudesse caminhar mesmo com as "pernas quebradas"; que mesmo sem as características de um namoro convencional ele continuasse ali, se fortificando mais a cada dia? Embora digam que está errado, que está incompleto, e que até eu mesma as vezes pense isso, está tudo certo... Nada como deveria ser, como é previsto, como é comum ser. Tudo totalmente diferente, incomum. Mas eu amo. Talvez não fosse tão bom se não fosse assim, diferente.

"Quem um dia irá dizer que existe razão pras coisas feitas pelo coração,

e quem irá dizer que não existe razão.. "

sábado, 23 de maio de 2009

written


Saudades de escrever qualquer coisa que seja, que venham da minha cabeça oca e tonta. Antes as palavras fluiam tão naturalmente, essa cabecinha cheia de miolos nojentos me trazia inspirações para história absurdamente legais, especialmente histórias de amor ou comédia, mas também sempre fui boa num draminha. Histórias essas que eu escrevia como se estivesse vivendo a cena naquele exato momento. E hoje? O que eu trago a esse blog de "fenótipo" tão engraçado? Apenas textos sem sentidos, frases soltas, sem o brilho de antes. Nada me contenta! Mas ainda sim não desisto, não paro, continuo a escrever. Escrevo porque meus dedos insistem em escrever, sejam eles dobrados entre um lápis ou pulando entre as teclas de um teclado como este. Escrevo porque as idéias, por mais mirabolantes e sem nexo que sejam, não conseguem ficar apenas dentro desse cerebro que já tem tanta coisa pra ser pensada. Escrevo porque sinto necessidade de passar as coisas que penso pra alguém. Escrevo como forma de desabafo, e isso me faz mais leve. Uma redação recente me fez pensar na importância da leitura, e agora penso na importância da escrita. Se a leitura é a mãe, a leitura é sua filha. A leitura e a escrita estão interligadas como mãe e filha são ligadas, é uma coisa muito forte, muito difícil de se separar. Ninguém ler algo que nao foi escrito, ninguém escreve o que não pode ser lido, interpretado. Se a leitura nos faz viajar num mundo novo, a escrita nos faz inventar esse novo mundo para alguém viajar nele, e olhando assim é muito mais interessante. Espero que essa greve que a minha criatividade está fazendo passe logo, só assim eu posso voltar a escrever histórias que mexam com a imaginação das pessoas, ajudando-as a mergulhar num mar de conhecimento, que por menor que seja, nunca é demais.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Eu, definitivamente, não tenho palavra. Quer dizer, não o tempo todo. Cumpro todas as promessas que eu não fiz, mas as que eu faço eu nunca cumpro. Passo horas pensando num passo a ser dado, mas na hora H eu sempre volto atrás. No dicionário devia ter como sinônimo de indecisão o meu nome. Sou muito sortuda, pois mesmo indo pelo caminho errado, o fim dá certo. Se bem que eu ainda não conheço o fim, não é? Mas até agora deu tudo certo, por mais que o começo tenha sido torto. Dúvidas e mais dúvidas. Mas quer saber? Eu acho melhor ser assim que viver na certeza. Certeza é coisa de gente chata e mentirosa. Sim, porque ninguém tem certeza de nada hoje, não teve ontem e nem terá amanhã. A própria certeza é uma incerteza. Se você estiver lendo isso e pensando em desistir por achar que eu sou uma louca, então desista logo. Por que louca eu sou mesmo, mas não louca daquelas que se babam e se rasgam toda, não, essas vivem no manicômio; eu sou uma louca normal, que procura viver na sua interminável loucura cheia de incertezas, buscando sempre um final incerto, mas feliz.

Que saudade! Fiquei louca assim de saudade daqui.. Algum dia explico os motivos de ter sumido. Vou fazer de tudo pra recuperar o tempo perdido.

sábado, 11 de abril de 2009

Páscoa.

Mais um feriadão pra viajar, não trabalhar nem estudar. Época em que os chocolates reinam sobre nós, comê-los ou presentear quem gostamos com eles é uma ótima idéia, gastar dinheiro aos montes com os ovos de páscoas da moda não tem importância, é páscoa, e na páscoa poooooode. Zoar por aí embriagado com aquele vinhozinho também é uma ótima idéia, porque vinho na páscoa também pooooode. Agora pare, pense: Qual é o real sentido desse feriado? Seria comer chocolates e beber vinho? Será que existe um feriado só pra isso? O motivo pelo qual comemoramos esse feriado é raramente questionado, pois o capitalismo nos ocupa de uma forma que a gente só tem tempo de pensar nas compras para a "Santa Ceia", que de santa não tem nada. O pecado da gula vem com toda a força nos almoços em família, onde a gente come, come, come sem lembrar da fome que Jesus passou durante aqueles 40 dias. E se embriaga no vinho, esquecendo que o exagero também é pecado. Amanhã é o dia da Páscoa mesmo, e a maioria das pessoas não sabe o real significado da Páscoa, que é a passagem de uma vida pra outra. Amanhã Jesus ressuscita nos nossos corações e a gente nem lembra disso, estamos mais preocupados em devorar o ovo de páscoa que a gente ganhou, antes que alguém o coma. E a graça, a espiritualidade do momento, que é o verdadeiro motivo de haver esse feriado, vai pro “beleléu”.

domingo, 5 de abril de 2009

[in]certezas

Não sei, de fato, o que acontece comigo. Se eu saísse por aí, vagando pelo mundo, como um cachorrinho sem dono, me perderia e assim, talvez, eu me achasse por completa. Eu seria "eu", e esse "eu" nunca mais se transformaria, viraria algo concreto, imutável. Como os ponteiros de um relógio que vivem em trajetórias circulares, eu sinto que percorro um caminho e retorno a ele alguns minutos depois. A sensação é estranha, eu sei que não é assim, sei que mudo, pois a mudança é inevitável e bem perceptível, todos a notam, inclusive eu. Mas nenhuma mudança é intensa o bastante pra que eu sinta a diferença; como já disse, busco algo concreto, mas acho coisas abstratas e vejo que não há na certo em mim, as incertezas insistem em residir aqui dentro. So, it's ok. Um dia eu me encontro, enquanto isso: tempo ao tempo.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Quando eu morrer quero ser o centro das atenções no meu dia de despedida. Quero ficar bem bonita, deitadinha com um vestidinho branco, transparecendo serenidade, bem maquiada, principalmente com blush, pra disfarçar a palidez. Quero muitas flores, flores coloridas, pra passar alegria. Não quero ninguém de preto, preto é uma cor chique, mas nessas ocasiões é uma cor triste e fechada, não gosto. Love in The Afternoon do Legião Urbana, pode até ser uma música triste, mas não é uma música padrão de funeral, e eu quero tudo bem diferente, além do mais a música é muito bonita e verdadeira: "É tão estranho, os bons morrem antes, me lembro de você e de tanta gente que se foi cedo demais.". Eu posso morrer com 127 anos de idade, mas vai continuar sendo cedo. Eu amo a minha vida, as pessoas e as coisas que a constituem e o aprendizado que eu tiro dela. Lógico que eu quero morrer e ir morar com Deus, lógico, mas que eu quero que isso demore bem muito. Não tenho medo de morrer, como diz Cazuza, "morrer não dói" e eu acredito disso, o meu medo é ir embora sem ter feito tudo que tem pra fazer, sem me despedir das pessoas que eu gosto... É difícil aceitar a morte; é péssimo pensar que um dia você ta aqui, fazendo coisas que costuma fazer, mas no outro já não ta mais. Desaparece. E o pior de tudo é que você não escolhe como, onde ou quando, é tudo do jeito que Deus quer, e por mais que a gente aperrei Ele, Ele não te diz. Quando eu morrer eu não quero ninguém chorando. Ta bom, eu sei que despedidas são cruéis e dolorosas, mas e todos os momentos vividos? Vocês esqueceram? Eu nunca fui uma pessoa triste, pelo contrário, eu fico rindo de tudo, não fico com raiva por pouca coisa, adoro uma aventura, uma piada, uma gracinha, sempre fui amiga de pessoas bagunceiras e palhaças, e com elas aprendi todas as palhaçadas que fizeram todas as pessoas presentes no meu velório rir pelo menos por algum segundinho. Se chorarem, quero um choro verdadeiro, não um choro de dor, de tristeza pura, mas um choro bom, lembrando das alegrias vividas e que farão falta. Olha, é só um corpo que vai embora, os momentos vividos continuarão presentes aqui, na mente e coração de cada um que viveu ao eu lado e presenciou minha estadia aqui na terra, isso já é um consolo, não? E outra, eu prometo vir todas as noites puxar os pés de vocês, pra vocês lembrarem que tem uma amiga que ama perturbar [brincadeirinha]. Viver é bom, mas morrer é inevitável. A vida segue mesmo com morte de alguém quero. Quando eu morrer não quero ninguém de luto por mim, só se for um luto laranja ou rosa. Vou deixar um dinheiro não sei aonde, ainda vou pensar, pra que todos os meus amigos façam um churrasco que nem aqueles que a gente costuma fazer nas casas alheias e todo mundo passe o dia na piscina "tomando uma". Espero que digam à eles que todos os momentos foram bons, e que quando eu disse que odiava alguém era só pra fazer charminho, por que eu amo todo mundo. Digam também aos meus pais que eu peço perdão por não ter sido a filha mais exemplar do mundo, mas eu juro que tentei. Se eu tiver filhos eu peço que dêem educação, e amor, mais amor que educação, não quero meus filhinhos carentes. Enfim, eu já disse e repito, quando eu morrer não quero choradeira perto de mim não, podem até me ver toda pálida lá, de boca fechada e de barriga pra cima, que já é um mico, mas eu deixo, agora chorar não. Pra que tantas lágrimas?

Peço que respeitem meu momento fúnebre. Como eu disse não quero morrer tão cedo, mas eu sempre tive vontade escrever uma carta assim.

sábado, 28 de março de 2009

Os quase últimos segundos.

Quando a vida te destina apenas alguns dias de vida, você começa a pensar sobre a infinidade de momentos que você já presenciou. E não foi mentira, aquilo tudo foi real, aconteceu com você. As conversas mais sinceras, os amigos mais dedicados, os momentos mais inesperados, as risadas mais estrondosas, as paixões mais rotineiras, as viagens mais especiais, as aulas mais engraçadas, as fotos mais ridículas, as quedas e corridas, os beijos mais demorados, as músicas mais tocantes, mas festas mais badaladas, as cartas mais emocionantes, os lágrimas mais verdadeiras... Vale a pena qualquer recordação. O universo repleto de fantasias que rodeiam os acontecimentos passados vem de uma hora pra outra, sem que a gente consiga se preparar emocionalmente praquela situação. Agora, só nos resta o presente. Os erros já nos trouxeram aprendizado, os corações magoados já foram curados, os perdões já foram concedidos. E depois? A gente fica esperando tanta coisa, esperando uma palavra de carinho, de agradecimento, de revelação, de pureza, de alívio, de perdão e nada acontece. E aquele "eu te amo, pra sempre, minha amiga"? Aonde foi parar? O pra sempre não dura tanto tempo assim, e a gente devia saber disso, já nascer preparado pra essas coisas. Mas não importa, como eu já disse nos resta o presente. O presente e o futuro. Viver de passado não leva a nada, mas ficar sentada esperando o futuro acontecer é a pior coisa que se pode fazer. Cabe a gente viver na vida e não viver na espera. Sorrir, sem esperar nada em troca. Doar carinho, para quem necessita dele. Reservar tempo, para quem só nos pede alguns segundos de atenção... Custa alguma coisa? Ame, grite, dance, cante, chore... Viva, viva! Viva intensamente cada segundo. Pode ser o seu último.

sexta-feira, 27 de março de 2009



Eu não espero que você seja o grande amor da minha vida, até porque eu já não acredito muito nessas coisas, aprendi isso com as inúmeras decepções amorosas que tive durante esses meus humildes 16 anos. Eu não quero que você me faça chorar, que me deixe triste, que me traga raivas... Você é motivo de alegria, de sorrisos, é a razão pela qual eu acordo de manhã e faço o favor de gastar meu tempo me penteando, me perfumando e me arrumando toda pra chegar à escola de uma forma mais agradável pra despertar teu interesse, por mais que eu saiba que você já me viu nos meus piores estados estéticos. Eu não quero chegar a te odiar ou chegar a falar mal de ti pras minhas amigas, a não ser que seja pra te chamar de chato ou de incompreensível ou de grosso, pois são xingamentos de quem ama - porque quem ama também fala mal, ora. Não quero que me deixes, nem quero te deixar sem dar explicações, como fiz outra vez. Não quero ter motivos pra desligar o telefone "na sua cara". Não é que eu sinta medo, não, eu não tenho medo disso, até porque eu já fiz isso com todos os outros, mas é que eu queria que desse certo, como está dando até então, queria que você cuidasse e gostasse de mim assim como os príncipes cuidam e gostas de suas princesas. Posso nunca ter falado contigo sobre essa história de príncipe e princesas ou ter demonstrado o meu lado romântico, até porque eu sou pouco romântica, mas um toque de romantismo não faz mal, e todo mundo tem um pouquinho dentro de si. Eu quero que dê certo. Quero muito, quero muito. Tá indo tudo tão bem, e eu fico tão bem contigo. Só em encostar minha cabeça no teu ombro eu já me sinto segura e confortada. Mesmo que não dure muito, mesmo que acabe amanhã , eu já estou satisfeita [minto, quero mais, muito mais]. Não destrua o que nós criamos juntos. Essa coisa que eu não consigo definir, não consigo transmitir em palavras, só sinto, não destrua isso. Não deixa esfriar esse calorzinho que há dentro de mim toda vez que eu vejo uma mensagem ou recebo uma ligação tua, não deixa o sorriso instantâneo que surge em minha face toda vez que eu te vejo desaparecer, não deixa meu amor ir embora... E você pode até ir, pode até me deixar, pode sair em busca de outras melhores, e ser feliz ao lado dessas outras, mas não esquece o que nós vivemos, não esquece nunca.

... Já disse que te amo hoje?

Não tô nervosa, nem de tpm, nem com medo, nem insegura... Nada. É só que hoje eu tô mais sensível que nunca, nem eu tô me entendendo.

domingo, 22 de março de 2009

o primeiro passo é se conhecer.

Acho incrível a habilidade que as pessoas têm de não se conhecer. Vejo é muito nesses concursos de modelo um monte de meninazinha baixinha, um pouco acima do peso, querendo concorrer e com a esperança de ser campeã. Tá mais que na cara que aquilo não é o rumo dela. Digo isso também por experiência própria, já desfilei duas vezes na Rainha do 7 só pra ser besta mesmo, porque eu não sou do "tipo miss", não mesmo! Também tem aqueles manés que vão pro Ídolos, Fama, entre outros programas malucos que existem, para descobrir "novos talentos musicais". Já vi cada coisa; vozes tão boas que quase quebraram as taças aqui de casa, deixam qualquer tímpano inflamado, daí você tira o tamanho da qualidade deles. Tem gente que coloca todos os defeitos possíveis nos outros, diz que o namoro está chato, está turbulento e cheio de brigas, coloca a culpa em tudo, inclusive no coitado do namorado, mas não percebe que o problema tá nela, a histeria é toda dela, a chatice vem dela, as brigas são provocadas por ela, mas só ela não ver. As pessoas acham mais fácil achar problemas nos outros, nunca olham pra dentro, nunca se vêm como a fonte do problema. Nem tudo é tão claro, tão fácil de se perceber, cabe a nós ter um pouco de visão, procurar ver todos os lados que existem. Se você tem dificuldade de fazer isso não custa nada perguntar aos amigos, à mãe, ajuda bastante. Mas claro, o essencial seria treinar a autocrítica, por mais que seja um processo longo, isso vai ajudar você em mil coisas durante a vida. Assim você vai ter mais noção das coisas hoje do que ontem, mas menos que daqui a vinte anos. É coisa de evolução, a autocrítica serve pra ajudar a gente a evoluir, a tratar melhor os nossos problemas e achar uma forma mais sensata de resolvê-los. O segredo de todas as coisas é deixar o tempo passar, estar sempre de cabeça aberta para novas oportunidades e aprendizados e quebrar a cara algumas vezes; dói um pouco, mas depois sara.

quinta-feira, 19 de março de 2009

if I were a boy...

Fugir da cozinha depois do almoço sem a obrigação de lavar e guardar as louças, não ter preocupação com roupas, qualquer calça + camiseta + chinelo fica legal, não sentir vergonha ao usar um biquíni, não ter quatro dias de muita dor e vazamento vermelho mensais... Homens, homens, que moleza vocês têm! Quando não deixam a toalha em cima da cama ou quando abaixam a tampa do aparelho sanitário são endeusados, incrível. Coisas essas que nós, simples mulheres, vivemos fazendo e ninguém dá importância. Eu sou muito mulherzinha, se é que me entendem, mas gostaria muito de ter um dia como homem. Poder usar o banheiro masculino e entrar no mundo mágico das fofocas deles – sim, porque eles são os verdadeiros fofoqueiros -, poder sair por aí, de bobeira, sem camisa, suado, e mesmo assim continuar sendo um charme. Pegar geraaaaaaaal, sim, pegar todas, sem medo, porque homem que tem muitas garotas é sabichão, pegador, garanhão, mas, já sabe né, se for mulher é galinha. Não perder tempo usando produtos pra domar os cabelos - tem homens que nem penteiam os fios e ninguém percebe... Homens, quantos privilégios. Eu como homem ia fazer uma farra louca, acho que eu não ia prestar, por isso Deus me fez mulherzinha, mocinha, dama, menina... Ele sabe o que faz!

domingo, 15 de março de 2009

A cruel realidade de uma estudante.

Tô me sentindo muito distante daqui. Já teria feito cerca de 3 ou 4 posts se essas 2 semanas não tivessem sido tão corridas... Tive específica, umas 6 AP's e o provão, que foi ontem. Mas isso não é nada, o duro mesmo foi semana passada, com os ensaios pro seminário. Não tive tempo pra comer, pra estudar... Isso resultou nas "belíssimas" notas nas provas. Agora estou aqui, num desespero pra recuperar o tempo de estudo perdido. Acontece que é assunto e mais assunto a cada dia, e as coisas acabam ficando cada vez difíceis de serem recuperadas, e eu vou ficando cada vez mais estressada! Tem nada não, é estudando que a gente derruba nossos concorrentes. É isso aí! Isso de "recuperar" o tempo vai fazer com que eu me ausente mais ainda daqui, mas espero que volte logo tudo ao normal, essa correria maluca de estudos severos está me matanto, e olhe que eu comecei hoje. - Estuuuda, Milena, enquanto tu tá aqui na internet teus concorrentes estão estudando, se liga!

segunda-feira, 9 de março de 2009

meme








Presentinho da Bel [http://chapeutorto.blogspot.com/] .. Obrigada, cunhas! ;)

Ah, tem 2 regrinhas:
1. Exibir o selinho na página
2. E repassar para mulheres bem resolvidas!

Mayara [http://mudandocomigo.blogspot.com/]
Rafaela [http://rafaelaibiapina.blogspot.com/]
Karine [http://epifaniaparticular.blogspot.com/]
-

Outro presente da Bel [http://chapeutorto.blogspot.com/] .

- E esse também tem suas regras:

1. Colocar o link de quem te indicou pro meme.
2. Escrever estas 5 regras antes do seu meme pra deixar a brincadeira mais clara.
3. Contar os 6 fatos aleatórios sobre você .
4. Indicar 6 blogueiros pra continuar a brincadeira.
5. Avisar para esses blogueiros que eles foram indicados.

*Minhas coisas:
1. Sou muito esquecida (lê-se lesada);
2. Gosto demais de desenhar, pintar, cobrir, coisa do tipo;
3. Estou desesperada com física;
4. Sou muito besta pra rir;
5. Não rôo mais as unhas;
6. Pintei as unhas coma cor mais brega existente na face da terra e tô feliz.

*Indicações que não são para o Oscar:
Mayara [http://mudandocomigo.blogspot.com/]
Rafaela [http://rafaelaibiapina.blogspot.com/]
Karine [http://epifaniaparticular.blogspot.com/]
Livinha [http://livinhaperdigao.blogspot.com/]
Mayana [http://sweetgirlsg.blogspot.com/]
Dinho [http://asmissivas.blogspot.com/]

-
É legal receber essas “coisinhas”, receber um presente é bem legal, gosto muito quando alguém lembra de mim... Espero que vocês também gostem. Beijos!

domingo, 1 de março de 2009

confusão matinal


Dez pras seis e o despertador grita. A claridade machuca meu olhar, logo as pálpebras teimam em se fechar novamente. A preguiça se impõe, o corpo reclama. Tendemos a ficar no sentido do movimento, mas eu estava em repouso, tinha que permanecer assim. Mais cinco minutinhos, por favor - soneca ativada. Outro grito do despertador, e dessa vez o coração quase saia pela boca, agoniado, acelerado, descompassado, dificultando-me a respiração. Não podia continuar ali, mil afazeres me chamavam, o transporte já já buzina. O dia nem amanhecia todo, a preguiça do sol estava proporcional a minha, ele aparecia aos poucos, timidamente. A rua calada, todo aquele silêncio só me fazia pensar em voltar a dormir e esquecer da aula. Os pássaros cantavam quase implorando pra que eu continuasse na cama. Mas isso tudo não importava, eu tinha que levantar. Depositei todas as forças possíveis e imaginárias e dei um pulo. Enfim estava de pé. O piso gelado me fez lembrar da água, que estaria o triplo mais gelada. Passos lentos, preguiçosos, me levavam até a porta do banheiro. Alguém além de mim estava de pé, vindo em minha direção... Era minha mãe:
- Ham? O que é isso?
- Escovar os dentes, banho... aula.
- Domingo.
- Droga!
Domingo... É domingo. O único compromisso que eu tinha era depois do almoço, na igreja, e isso ainda ia demorar. Podia ter ficado na cama apreciando o canto dos passarinhos, sonhando mais um bocado, ficado rolando na cama, brincando com a preguiça. Mas era cedo, o sol acordava o dia, e eu voltava a dormir.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Quebra esses cadeados!

Acostumamo-nos a justificar todo o tipo de falta [falta com os outros ou com nós mesmos] com a "falta" de tempo. O dia é muito corrido, não dá pra resolver tudo, certo? ERRADO. Parar pra refletir ou pra sentir saudades daquela pessoa que estudou contigo na 7ª série, ou daquele vizinho? Não pode.. E o tempo pra matar essa saudade? Ih, piorou, nem pensar. Depois, talvez... Noutra hora, quem sabe. E assim vamos, empurrando com a barriga. Essa "outra hora" demora a chegar, as vezes nem chega.. Saudade não vai embora, pelo contrário, ela fica, impregna, e, como uma bola de neve, vai crescendo, crescendo, ficando enorme, te consumindo aos poucos. Chega uma hora que tu não agüentas e sofre, ela vem de uma forma mais firme, forte, e dessa vez vem com um tom de covardia, e você fica se perguntando o porquê de não ter matado essa "desgraçada" antes. Talvez o comodismo, ou a dita falta de tempo sejam os culpados pra tanto, mas o orgulho, que trás consigo o medo e a insegurança vêem como uma barreira. Reflita: quantas vezes você deixou de ligar pro colega que tava fazendo aniversário? Todo mundo gosta de receber os parabéns. E quantas vezes você quase morreu de vontade de ligar praquela amiginha de infância só pra jogar conversa fora, relembrar, ou dizer "olha, tava escutando JQuest e lembrei daquele dia". Ou então quando tu tá passando em frente a casa daquele colega da faculdade e ficou com vontade de entrar e dizer "vim só te perturbar mesmo, saber como tu tá". Ou até pro teu namorado, aquele tratante de esqueceu e você tá louca pra mandar uma mensagem dizendo "tu me esqueceu, mas eu ainda te amo". Mas não, lógico que não, o teu medo, tua insegurança não te deixam fazer isso. Você fica imaginando como as pessoas vão interpretar o seu ato, e se trancam. Pensando assim esquecemos completamente que os sentimentos, as ações são livres, assim como nós, humanos. As pessoas têm direito de interpretar de modos diferentes as coisas, e o que é que tem? Pra quê temer? Agora me fale: que graça teria se fossemos iguais, pensássemos iguais? Nenhuma graça. Sendo assim, será que é justo ficar calado, indiferente, trancar os sentimentos com 900 chaves dentro do seu coração, não demonstrar nadinha a ninguém... E por quê? Por medo. Não, definitivamente não! Quebra logo os cadeados que estão trancando teu coração, cara! Não vejo nenhum motivo para alguém reprimir um coração que gosta, que sente falta. Isso não faz bem! E eu quero viver bem, quero viver por completa, não vou esperar nada, ato de ninguém, vou viver sentindo, e viver compartilhando isso.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

cativa-me, cativo-te...

Todo os dias, passam por mim centenas pessoas. Todas tão distintas entre si. Umas trazem consigo um silêncio tão amargo, tão egoísta. Lógico que tem suas exceções, mas a maioria é assim. Egoísta. Não compartilham seus pensamentos. Não importa se está angustiado por ter perdido o emprego, ou porque deixou o neném em casa com a nova babá que lhe pareceu muito maluca, ou porque não lembra se trancou a porta do apartamento... Não quer partilhar isso, mesmo sabendo que alguém pode ajudar. Também não importa se ele ganhou na loteria, ou descobriu que a esposa está grávida, ou que o filho ficou em 1º lugar na classe... Não quer partilhar, mesmo sabendo que tem alguém precisando escutar alguma coisa boa, porque precisa se alegrar de alguma forma, mesmo que seja com a felicidade dos outros. Talvez eu seja doida, eu apenas esteja do lugar errado. Sou tão diferente do resto do mundo. Quando preciso, desabafo mesmo, seja pra que for; quando estou feliz faço questão de transbordar de felicidade para que todos ao meu redor se contagiem com ela. Acho que as pessoas não fazem isso por medo de cativar as outras, afinal, cativar é uma responsabilidade, e "já temos tantas, pra quê mais uma", não é? - pensamento nojento - Não tenho medo de ceder o lugar no ônibus a um estranho por dó, porque ele tava cheio de livros e uma bolsa enorme e com uma cara de muito pesada, e se ele perguntar direi meu nome e teremos um bom papo, tudo isso sem medo. Não tenho medo de dar um sorriso à toa, pra qualquer pessoa que esteja passando. Essa história de dar sorriso só pra quem te der é furada. E aquelas pessoas tristes e angustiadas que estão esperando o TEU sorriso? Como vai ser? A ação tem que surgir de ti, essa pessoa espera pelo teu ato, pelo teu sorriso. Você não pode deixá-la esperando.

“Quando sorri, tu corres o risco de cativar alguém. e esse alguém corre o risco de tornar-se responsável pelo rito do teu sorriso.”

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Quando tudo não passava de um quase, acabou. Que drama, quantas lágrimas, dois corações que já não tinham mais forma de coração: ambos despedaçados. Mas passa, mentira vai e vem, elas são baixinhas, têm pernas curtas, num instante é descoberta. Hoje as risadas, os abraços e as palavras fizeram com que a gente relembrasse as inúmeras interrogações que nos deixaram algumas horas separados e saber que todas as turbulências não se comparam com a intensidade da "coisa" que há entre nós.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Juntos, os dois. Não era a primeira vez que isso acontecia, pelo contrário, isso acontecia com muita frequência, mas era a primeira vez que eles se viam diferentes. Naquele instante ela percebeu que a imagem do menino eufórico, brincalhão que se sentia o maioral não estava mais lá, no lugar disso estava alguém atencioso, generoso, paciente, maduro. Um verdadeiro rapaz. Ela se sentiu mais a vontade. A necessidade de se mostrar inalcançável e que 'aquilo' entre eles era um jogo de ganhas ou perdas tinha ido para os ares. Os olhos transmitiam o que contia na cabeça de cada um, por mais que eles quisessem que aqueles pensamentos fossem mantidos à sete chaves dentro de si, ficara mais que explícito o que cada um queria, o que aquele momento representava para eles. Ela não acreditava na significante mudança. Como pode? Mais do que nunca os desejos brotavam, ela queria aquele homem pra ela, queria aquele sorriso farto, aquelas mãos grandes, aqueles cabelos lisinhos, que deslizam em suas mãos; queria aquele beijo amargo, doce, salgado, com todos os sabores do mundo. Ela tinha certeza: um leve toque a deixaria presa durante a eternidade naqueles braços, e esse era seu maior desejo. Ele também pensava nela de uma forma diferente. As vestes, as cores, tudo estava mais reluzente. Ela transbordava de beleza, sensualidade. Aquilo o deixava eufórico. Sentiu-se atraído por aquele perfume doce. Agora ele também tinha uma certeza: queria aquela mulher só pra ele, inteirinha pra ele. Ela brilhava forte, mas havia uma parte que brilhava mais forte ainda: o coração. Ela tinha um coração, um coração reluzente. Apostas, brincadeiras? Nada disso se comparava ao ganhar o aquele lindo coração. E como ele queria aquele coração. Por mais que ele soubesse que aquele coração já era dele. Inúmeras foram as vezes que ela disse isso a ele. Mas, naquele momento, ele queria o coração de outra mulher. Não o daquela menininha inocente e sem razão, esse ele já tinha faz tempo; mas o daquela mulher de belas curvas e cores, aquela com um ar de mistério, a qual ele não conseguia manter nem dois centímetros de distância. E ela seria dele, ela e aquele coração brilhante dela. Esse era seu novo objetivo! Ambos com objetivos traçados. Um queria conquistar o novo lado do outro! Agora começava um jogo, só que nesse jogo não existia perdas, qualquer coisa era ganho, lucro, aprendizado. Ele estava apaixonado pelo novo "eu" dela e ela pelo dele. O novo lado deles só foi notado naquele momento, mas ele já existia, estava ali, guardadinho, esperando ser visto pelos olhos do coração. Cada vez que eles se olharem com os olhos do coração vão descobrir um lado novo e assim se apaixonarão novamente, como se fosse a primeira vez.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

21.01.09

O dia não era como os outros. Dia 21 é sempre um dia triste, sem cor. Talvez porque toda a beleza tenha ficado no dia 20, o dia mais colorido e feliz do mês – mas isso é outra história. Todo dia 21 tenho um compromisso na igreja, mas a chuva forte e os ventos frios me fizeram pensar em desistir, mas não, aquilo era importante pra mim. Chegar atrasado é melhor que não chegar! Tentei me concentrar, mas o frio estava insuportável, nem o braço do namorado me aquecia, nem os olhos fechados conseguiam manter minha mente ligada àquilo. Só na hora da comunhão que a coisa mudou; dediquei à ela, e não entendi o motivo, mas aquele momento foi especial, me senti mais próxima. Fim de missa e o clima ainda estava fechado [em todos os aspectos]. Não queria passar o resto do dia daquele jeito, tinha que fazer alguma coisa pra esquecer as coisas ruins, afastar aquele chá de tristeza de dentro de mim. Diante de todo aquele frio, meu corpo precisa ser aquecido. Nada melhor que pastel na praça, pensei. Minha cunhada queria tomar sorvete, coisa de maluco, releva-se. As árvores da praça acolhiam as gotinhas que temiam cair no chão, mas os garotos malvados faziam questão de sair chutando as árvores, as gotinhas não caíam no chão, mas caía nos nossos cabelos. Eu nem ligava, aquilo pra mim estava excelente. Nem parecia dia 21, parecia dia 2, 19, 31... Estava divertido demais pra ser dia 21. Comer na chuva é legal, principalmente se for um pastel de calabresa. Deve ter coisas melhores a se fazer na chuva, já escutei dizer que namorar na chuva é muito bom, mas meu namorado é um anti-româtico, então é melhor eu esquecer essa idéia. Comer na chuva era inovador; embora os cabelos tenham ficados horríveis e as vestes molhadas, eu estava feliz e satisfeita. Tínhamos um novo destino, a academia da Bel – que não era dela, nem da família dela, ela só dançava lá. Pegamos um táxi muito atrapalhado e sem-noção: ligou o ar condicionado no 2 em plena noite de chuva e frio [talvez ele fosse um maníaco e tivesse planos de matar aqueles 4 jovens de frio, vai saber] ; se embananou todinho e rodou tanto que a conta deu 15 reais. Namorado estressado, cunhada impaciente, amiga lombrada, eu triste. Depois de muitas voltas e revoltas, enfim, chegamos. Namorado desestressado, cunhada aliviada, amiga normal, eu feliz. Depois de muita chuva e frio, uma mentira pra minha mãe, uma “briga” com o namorado, ficou tudo bem. Mesmo com tudo isso, esse foi o dia 21 menos tenso e triste em 4 meses.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Loucura x Amor




Sempre escuto as pessoas falarem que o Amor é cego; até entendo, ele é tão fofinho que não tem preconceito com cor, raça, cheiro.. Nada. Mas nem é só por isso que a gente diz que ele é cego, e sim, ele é cego mesmo, não é só jeito de falar não. Tudo começou há muito tempo, muito mesmo, quando todos os sentimentos brincavam juntos no bosque. O Amor era muito querido, pois todos se identificavam com ele - dentro dele havia um pouquinho de cada um dos outros, afinal, ele é a junção de todos. Certa vez, a Loucura, motiva pela Inveja, deu um tapa no rosto do amor com muita força, fazendo com que ele caísse e furasse seus olhos com uns galhos que estavam ali por perto. A Razão propôs uma assembléia, aquilo não podia ficar daquela forma, sem nenhuma prenda. Depois de uma longa e civilizada conversa, a Sabedoria deu a palavra final: o Amor teria um guia. Ele precisava ver os caminhos por onde passava, as pessoas que o cumprimentavam... Então, para fazer justiça, o guia escolhido foi a Loucura. Ela ia perder todo o seu tempo guiando o Amor por onde ele for. Toda a sua vida, a partir daquele momento, tinha que ser dedica ao Amor. Só agora entendo porquê faço tantas loucuras quando o assunto é amor.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Solteira sim, sozinha... só às vezes.

Após um ano seis meses de mais um namoro mal-sucedido posso afirmar: estou novamente disponível – que no dicionário feminino significa “pronta para outro”. FERIADO!!! Não havia dia melhor para ir a qualquer lugar à noite [a penumbra é a melhora amiga de garotas como eu, imperfeita, e ela ainda me deixa com um ar de mistério, gosto disso]. Tinha recebido um convite esses dias, não me lembro bem aonde e nem quem tinha me convidado, mas sabia que ia acontecer naquela noite, e a frase que ficou mais afixada em minha mente foi: “Terá muitos rostos novos, você vai gostar” ... Lógico que eu ia gostar, era óbvio. Isso era o que eu estava precisando naquele instante! Já estava enjoada daquelas pessoas da faculdade, sempre as mesmas conversas, os mesmos semblantes. Meus amigos são os mesmos desde o ensino fundamental, isso me dá nos nervos. I need news! Dia de festa significa dia de compras – se bem que pode significar muuuuuuito mais que isso, e eu espero – então decidi gastar toda minha economia, uma festa merece uma produção adequada, e aquela festa não seria uma festa qualquer, como as outras, sinto que vai ser diferente, então eu tenho que arrasar mais que nunca. 120 para sapatos, 170 pro vestido, 85 naquela nova fragrância... Chega, universitária é lisa, as economias não eram tão grandes assim, tinha que parar por aí. Fiz questão de um banho com-ple-to; enchi a banheira e adicionei pétalas amarelas e sais. Delícia! Antes de começar a me maquiar enchi uma taça com espumante para oficializar o início da mega noite que estava por vir. Vestes, sapatos, cabelo, perfume, make... Tudo impecável, maravilhoso. Tudo tendia para uma noite dos sonhos, tinha certeza absoluta que ia lembrar daquela noite pro resto da minha vida. Vou curtir ao máximo ao lado do mais gato da festa, depois de uma noite incrível a gente troca telefones, depois marcamos uma saída e assim começamos um namoro. Quem sabe eu não caso... – pensei. Calma! Acabei de ver que a festa é da Carol, e ela se garante demais. Sempre convida os gatos mais “completos” para deixar as festas “super-completas”. Bom som, muito drink, gente bonita. Agora eu só tinha que fazer a minha parte, me jogar na pista de dança, e esperar que os garotos façam a sua. (...) O que há? “Garoooootos, dêem sinal de vida!” Será que todos têm namorada? Alguns estavam acompanhados, mas e os outros? Será que também estão mas ficaram em casa? Ou deve ser porque eu estou muito bonita, muito mesmo, de botar medo e deixá-los constrangidos... Quase fim de festa e eu sozinha. Foi tudo em vão, pra nada. Pedi carona a um casal amigo; chamar um táxi às 04h45min da madrugada definitivamente não estava nos meus planos. Abrir a porta, ir pro quarto, tirar o vestido e os sapatos nunca foi tão complicado – isso é melhor quando se está acompanhado. Na cama, só, os pensamentos vinham sem cessar: Onde eu errei? Qual meu defeito? Será que eu fedo? Ou é só falta de sorte? Nem sempre as coisas saem como de esperado. Noutra noite, talvez...

Por Alessandra, 24 anos [ caso surja interesse: 8888-8888]


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*telefone fictício.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Melhor amigo?

Sempre escuto dizer “Ah não, amigo é amigo, principalmente fulaninho, ele é meu melhor amigo. Amigo mesmo, de verdade... e só.”. Grande coisa! Detesto esse “só” aí no fim da frase. Porque seu amigo não pode pular um estágio e virar seu namorado, esposo? Ora, Vocês nem precisam “se conhecer melhor” um já conhece o outro como ninguém, sabe como agradar e desagradar, conhece as histórias, as manias... É bem mais prático, você já tem mais de meio caminho andado. Mudei-me para o prédio que moro até hoje e, com apenas 6 anos, me senti muito só, os amigos que eu tinha estavam no meu prédio antigo. Lembro como se fosse hoje, mamãe desceu comigo para me apresentar as dependências do novo lar e, do nada, recebo uma baita bolada na cabeça. “Quem foi o louco que fez isso comigo?”, pensei. Tinha certeza que havia sido um garoto - só garotos eram grosseiros a ponto de machucar uma daminha como eu. Não chorei, nem podia. Eu era nova no lugar, as chances de fazer amigos era mínima, eu nunca fui tão sociável, e pioraria se me vissem chorando. Pensando bem, o garoto que fez um calombão na minha cabeça nem era tão grosseiro assim, ele até pediu desculpas e ainda me chamou pra jogar com os outros garotos no dia seguinte. Depois o maluco volto dizendo “Eiiiiiiiii, qual teu nome mesmo?” e eu disse que era Gabriela, mas que podia me chamar de Gabi, porque combinava mais com o meu tamanho. E assim começou: muitos jogos, brincadeiras [as vezes eu brincava de carrinho com ele e ele de boneca comigo, mas isso era em segredo], a gente ia pro shopping só brincar naquele brinquedo que atira que o Flavinho amava, ele me ensinou a andar de patins, foi tão legal... Só que ele viajou e eu fiquei morrendo de saudades. Mas calma, ele voltou logo, graças a Deus. As aulas começaram e foi aquela tristeza, porque ele ia fazer o 1º ano, e era em outra sede. Eu ainda estava na 7ª, e continuei naquele colégio dos pivetes. Era a primeira vez que a gente ia passar os recreios separados. Mas não importava muito, fora do colégio a gente continuava grudados. Ele até arranjou algumas namoradinhas, mas todas eram inseguras e morriam de ciúmes de mim. Nossa, que povo besta, nós éramos apenas amigos. No meu 1º ano fui pra sede dele, mas foi um ano difícil pra gente, ele ia prestar vestibular e tava todo tenso... Resolvi arranjar um namorado, mas não deu muito certo também, o Juca, esse meu namoradinho, ficou com ciúmes do Flavinho, chegou a mandar eu escolher entre ele e Flávio. IDIOTA! Alguma dúvidas sobre quem eu escolhi?! E ainda falei com todas as palavras: “Deixa eu pensar... Hum... FLÁVIO, LÓGICO E EVIDENTE QUE EU ESCOLHO O FLÁVIO, BABACA. Tchau”. Com o tempo, algumas coisas mudaram, a gente escolheu caminhos diferentes, mas a amizade ainda tava ali. Ele casou-se, fui até madrinha. Mas o casamento não deu muito certo, a vadia [desculpe os termos] era ninfomaníaca e traia o meu amigo adoidado! Quando Flávio descobriu, ficou arrasado e coube a mim consolá-lo. Também casei-me, até engravidei... Mas perdi o neném. Desiludi com o casamento e pus um fim. Pra completar Flávio foi pra Milão, foi morar lá. Ótimo hein... Que vida! (...) Uepa, parou! Tristeza na minha vidinha? Nem pensar. Resolvi fazer uma festa! Era meu aniversário, ia completar 30, mas meu corpinho era de 20, tinha que comemorar no estilo. E comemorei! Estavam todos lá, amigos, parentes, poitas... Contratei um Dj excelente, uma equipe de coquetéis do sucesso, decorei minha casa, ficou tudo maravilhoso. Estava tudo esplendido, inclusive a aniversariante, hehe. Posso dizer? Ninguém no mundo estava mais elegante e sensual que eu. Nossa, como aquele tubinho preto caiu bem nas minhas curvas. Tinha que descer e quebrar tudo naquela pista! Foi isso que eu fiz! Como eu já disse, estava tudo perfeito... TU-DO! Tudo mesmo? Não. O espaço de Flávio estava ali, inocupado. Era ele quem alegrava as minhas festas e quem sempre pegava as mais gatas de lá... Garanhão. Era o meu primeiro aniversário sem ele, o boboca que eu passei os melhores momentos da minha vida. Ele já me viu só de calcinha [até os 8 anos eu andava assim direto], a gente já brincou de casar, eu entrava com as flores falsas que tinha na sala dele, e com um vestido feito dos lençóis da cama dele... VOU DESOPILAR – pensei. Parei com toda aquela nostalgia e voltei a dançar. De repente, vem alguém por trás, vedando meus olhos e dizendo “Adivinha quem é!” (...) Nem acreditei, era meu amigão, o Flávio! Ele tinha voltado.. Sim, só podia ser ele, ele sempre fazia isso quando chegava de surpresa. E outra, o cheiro dele é conhecido. “Pensou que eu não vinha, hein? Como eu perderia teu aniversário, menina? ... Ei, que vestido é esse? Você ta maravilhosa, Gabi” eu sabia que estava bonita, mas quando ele disse isso... Nossa, a “casa caiu” pra mim, fui ao céu e voltei. E ele também estava um charme, roupa legal, belos sapatos. Hum, terno novo, deve ter comprado em Milão. E esses braços? Estavam mais grossos?! Será que ele tinha voltado a malhar?! Barba feita.. Boca super-recheada com dentes brancos, lábios carnudos... EI, O QUE EU ESTOU PENSANDO? Era a primeira vez que eu pensava nele dessa forma, como homem, homem pra mim. Muitos olhares, nenhuma palavra, um beijo. Não entendi direito, mas dei. Ele também não entendeu, é tanto que ele parou, olhou pra mim com um olhar de espanto e.. SMACK, mais um beijo, e dessa vez foi bem melhor. O Dj camarada até mudou o estilo de música, colocou uma mais calma, romântica, pra combinar mais com o clima. Nossa, que beijo bom! Não acredito que eu “perdi” tanto tempo com os outros tendo Flávio sempre ao meu lado. O homem dos meus sonhos esteve comigo durante toda a minha vida e eu só fui perceber naquele instante. (...) Casamo-nos. Procuramos manter as tradições: meu vestido foi bem simples, como o lençol da cama dele, o buquê foi artificial e com a mesma cor das rosas que usávamos ao encenar o casamento, quando éramos crianças. Amanhã comemoramos 13 anos de casados. Costumamos jantar na quadra que a gente se conheceu, todos os anos foi assim, creio eu que esse ano não vai ser diferente. Nossa filha, Renata, também gosta muito de lá. Ela vive lá, foi lá que conheceu Tiago, um novo amiguinho, e não desgrudam mais... Acho que já conhecemos essa história! Enfim, hoje, além de ter ao meu lado um esposo, também tenho o meu melhor amigo. Pra quê melhor? Depois dizem que “amigo é amigo, e só”. Detesto esse “só”, a frase e a vida ficaria mais bonita se fosse “amigo é amigo, mas pode ser paquera, namorado, esposo, irmão, primo, cunhado...” concorda? O amanhã é tão incerto, hoje você pode ter um amigo, amanhã ele já pode ser seu namorado, e depois seu esposo... Vai saber.

Por Gabriela, 43 anos [mas com corpinho de 30].

domingo, 11 de janeiro de 2009

" Deixar de lado os meus erros e ser todo Teu. "

Breve é a loucura, longo o arrependimento.

Você discorda que essa frase é sábia? Bom, eu não. Arrependimento. Palavra bastante usada, mas, em muitos casos, usada em vão. Arrepender-se é algo tão nobre, é uma ponte para a salvação. Depois de tantos erros, tantas quedas, tantos pecados, a única coisa que nos trás a liberdade, a sensação de limpeza dentro da mente e do coração é o arrependimento. Não olhar pra trás com uma visão de tristeza, amargura, nojo é a primeira etapa. Se pensar melhor, você vai ver que o que passou foi apenas um presente dado a você para que você tirasse dele a experiência, o aprendizado, e só assim não insistir nisso, procurar não mais errar nesse mesmo ponto e até ajudar outras pessoas a não errarem no mesmo erro que o seu. Olha, quantos lucros! Melhor ainda é que o Senhor se alegra com o arrependimento genuíno... É isso que Ele nos pede, para que nos arrependamos, pois o reino está próximo. Então, que seja feita a vontade dEle. Se está tudo muito complicado, se o pecado já tá devastando o teu coração, e isso tá te deixando sufocado, sem força, vai pedir ajuda a Ele, se arrepende de coração, que em pouco tempo você receberá o conforto, que é o abraço do Pai. Hoje veio muito forte, em todos os momentos do meu dia, que, por mais errada e pecadora que eu seja, eu tenho um Pai que me ama, e tá "aí" pra mim em todos os momentos da minha vida, sejam eles bons ou nem tanto. E sempre que eu pedir ajuda, auxílio, um ombro pra chorar, uma mão pra segurar, Ele vai me dar.. E eu só tenho o que agradecer.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

paradoxos

Já perceberam como a vida é "estranha"? Nela há coisas desagradáveis, mas sem elas não alcançaríamos as coisas agradáveis. Aliás, nem saberíamos o que é agradável. O que seria dos bonitos sem os feios?! Enfim, precisamos ter experiências ruins para aprender e perceber que coisas boas existem e você pode tê-las. Você tenta esquecer aquele dia triste, solitário, mas não percebe que depois dele você ficou feliz, pois seus amigos vieram ao teu encontro. Nem todos gostam das brigas perdidas, dos fracassos, das percas, mas entenda: foi com isso que você aprendeu a levantar a cabeça e seguir em frente, isso só te deu mais força pra saber driblar e da próxima vez sair por cima! E a perca de alguém querido? Acima de qualquer dor está a certeza de que esse alguém foi/é importante pra você, e que se hoje a saudade tá querendo transbordar é porque o que 'passou' foi bom de verdade, valeu a pena.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Todo mundo muda, até a ortografia muda.


Ano novo, regras novas. Já faz um tempo que eu assisto/leio sobre essas novas regras ortográficas que começaram a valer desde o dia 1º desse mês. Obra assinada pelo nosso cultíssimo presidente Luís Inácio Lula da Silva [risos]. Bom, de acordo com a lei, temos até 2012 pra se acostumar com a idéia. Até esse ano serão aceitas as duas formas, a antiga e a nova. Portugal também adotará essas novas regras ortográficas até 2014, mas isso não importa muito. O que importa mesmo é o Brasil. Nossa, pensem comigo: vai ter muito neguinho esquecendo o trema ou os acentos diferenciais nas redações e dando a desculpa "pô tia, é a nova regra!". O que os professores podem falar? Nada, os dois jeitos têm que ser aceitos né, fazer o quê... Em 2012 todos vão ter que escrever certinho, cumprindo à risca as novas regrinhas, mas até lá vaaaaamos enrolar os professores [mais risos]. Não gostei de algumas das mudanças, principalmente do acento diferencial, sou louca por acentos, e esse era especial. É massa a diferença do pêlo pro pelo, do pára pro para.. O sentido muda totalmente. Como é que a gente vai saber qual o sentido que a pessoa quis escrever? Estranho e triste. Mas olhando pelo lado positivo: é uma aula a menos.

Se eu fosse você não deixaria de clicar no link abaixo... São algumas das mudanças que a nossa querida ortografia vai sofrer, olha aí:
http://download.globo.com/vestibular/Guia_rapido_do_G1_sobre_o_acordoOrtografico.pdf