quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Quebra esses cadeados!

Acostumamo-nos a justificar todo o tipo de falta [falta com os outros ou com nós mesmos] com a "falta" de tempo. O dia é muito corrido, não dá pra resolver tudo, certo? ERRADO. Parar pra refletir ou pra sentir saudades daquela pessoa que estudou contigo na 7ª série, ou daquele vizinho? Não pode.. E o tempo pra matar essa saudade? Ih, piorou, nem pensar. Depois, talvez... Noutra hora, quem sabe. E assim vamos, empurrando com a barriga. Essa "outra hora" demora a chegar, as vezes nem chega.. Saudade não vai embora, pelo contrário, ela fica, impregna, e, como uma bola de neve, vai crescendo, crescendo, ficando enorme, te consumindo aos poucos. Chega uma hora que tu não agüentas e sofre, ela vem de uma forma mais firme, forte, e dessa vez vem com um tom de covardia, e você fica se perguntando o porquê de não ter matado essa "desgraçada" antes. Talvez o comodismo, ou a dita falta de tempo sejam os culpados pra tanto, mas o orgulho, que trás consigo o medo e a insegurança vêem como uma barreira. Reflita: quantas vezes você deixou de ligar pro colega que tava fazendo aniversário? Todo mundo gosta de receber os parabéns. E quantas vezes você quase morreu de vontade de ligar praquela amiginha de infância só pra jogar conversa fora, relembrar, ou dizer "olha, tava escutando JQuest e lembrei daquele dia". Ou então quando tu tá passando em frente a casa daquele colega da faculdade e ficou com vontade de entrar e dizer "vim só te perturbar mesmo, saber como tu tá". Ou até pro teu namorado, aquele tratante de esqueceu e você tá louca pra mandar uma mensagem dizendo "tu me esqueceu, mas eu ainda te amo". Mas não, lógico que não, o teu medo, tua insegurança não te deixam fazer isso. Você fica imaginando como as pessoas vão interpretar o seu ato, e se trancam. Pensando assim esquecemos completamente que os sentimentos, as ações são livres, assim como nós, humanos. As pessoas têm direito de interpretar de modos diferentes as coisas, e o que é que tem? Pra quê temer? Agora me fale: que graça teria se fossemos iguais, pensássemos iguais? Nenhuma graça. Sendo assim, será que é justo ficar calado, indiferente, trancar os sentimentos com 900 chaves dentro do seu coração, não demonstrar nadinha a ninguém... E por quê? Por medo. Não, definitivamente não! Quebra logo os cadeados que estão trancando teu coração, cara! Não vejo nenhum motivo para alguém reprimir um coração que gosta, que sente falta. Isso não faz bem! E eu quero viver bem, quero viver por completa, não vou esperar nada, ato de ninguém, vou viver sentindo, e viver compartilhando isso.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

cativa-me, cativo-te...

Todo os dias, passam por mim centenas pessoas. Todas tão distintas entre si. Umas trazem consigo um silêncio tão amargo, tão egoísta. Lógico que tem suas exceções, mas a maioria é assim. Egoísta. Não compartilham seus pensamentos. Não importa se está angustiado por ter perdido o emprego, ou porque deixou o neném em casa com a nova babá que lhe pareceu muito maluca, ou porque não lembra se trancou a porta do apartamento... Não quer partilhar isso, mesmo sabendo que alguém pode ajudar. Também não importa se ele ganhou na loteria, ou descobriu que a esposa está grávida, ou que o filho ficou em 1º lugar na classe... Não quer partilhar, mesmo sabendo que tem alguém precisando escutar alguma coisa boa, porque precisa se alegrar de alguma forma, mesmo que seja com a felicidade dos outros. Talvez eu seja doida, eu apenas esteja do lugar errado. Sou tão diferente do resto do mundo. Quando preciso, desabafo mesmo, seja pra que for; quando estou feliz faço questão de transbordar de felicidade para que todos ao meu redor se contagiem com ela. Acho que as pessoas não fazem isso por medo de cativar as outras, afinal, cativar é uma responsabilidade, e "já temos tantas, pra quê mais uma", não é? - pensamento nojento - Não tenho medo de ceder o lugar no ônibus a um estranho por dó, porque ele tava cheio de livros e uma bolsa enorme e com uma cara de muito pesada, e se ele perguntar direi meu nome e teremos um bom papo, tudo isso sem medo. Não tenho medo de dar um sorriso à toa, pra qualquer pessoa que esteja passando. Essa história de dar sorriso só pra quem te der é furada. E aquelas pessoas tristes e angustiadas que estão esperando o TEU sorriso? Como vai ser? A ação tem que surgir de ti, essa pessoa espera pelo teu ato, pelo teu sorriso. Você não pode deixá-la esperando.

“Quando sorri, tu corres o risco de cativar alguém. e esse alguém corre o risco de tornar-se responsável pelo rito do teu sorriso.”

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Quando tudo não passava de um quase, acabou. Que drama, quantas lágrimas, dois corações que já não tinham mais forma de coração: ambos despedaçados. Mas passa, mentira vai e vem, elas são baixinhas, têm pernas curtas, num instante é descoberta. Hoje as risadas, os abraços e as palavras fizeram com que a gente relembrasse as inúmeras interrogações que nos deixaram algumas horas separados e saber que todas as turbulências não se comparam com a intensidade da "coisa" que há entre nós.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Juntos, os dois. Não era a primeira vez que isso acontecia, pelo contrário, isso acontecia com muita frequência, mas era a primeira vez que eles se viam diferentes. Naquele instante ela percebeu que a imagem do menino eufórico, brincalhão que se sentia o maioral não estava mais lá, no lugar disso estava alguém atencioso, generoso, paciente, maduro. Um verdadeiro rapaz. Ela se sentiu mais a vontade. A necessidade de se mostrar inalcançável e que 'aquilo' entre eles era um jogo de ganhas ou perdas tinha ido para os ares. Os olhos transmitiam o que contia na cabeça de cada um, por mais que eles quisessem que aqueles pensamentos fossem mantidos à sete chaves dentro de si, ficara mais que explícito o que cada um queria, o que aquele momento representava para eles. Ela não acreditava na significante mudança. Como pode? Mais do que nunca os desejos brotavam, ela queria aquele homem pra ela, queria aquele sorriso farto, aquelas mãos grandes, aqueles cabelos lisinhos, que deslizam em suas mãos; queria aquele beijo amargo, doce, salgado, com todos os sabores do mundo. Ela tinha certeza: um leve toque a deixaria presa durante a eternidade naqueles braços, e esse era seu maior desejo. Ele também pensava nela de uma forma diferente. As vestes, as cores, tudo estava mais reluzente. Ela transbordava de beleza, sensualidade. Aquilo o deixava eufórico. Sentiu-se atraído por aquele perfume doce. Agora ele também tinha uma certeza: queria aquela mulher só pra ele, inteirinha pra ele. Ela brilhava forte, mas havia uma parte que brilhava mais forte ainda: o coração. Ela tinha um coração, um coração reluzente. Apostas, brincadeiras? Nada disso se comparava ao ganhar o aquele lindo coração. E como ele queria aquele coração. Por mais que ele soubesse que aquele coração já era dele. Inúmeras foram as vezes que ela disse isso a ele. Mas, naquele momento, ele queria o coração de outra mulher. Não o daquela menininha inocente e sem razão, esse ele já tinha faz tempo; mas o daquela mulher de belas curvas e cores, aquela com um ar de mistério, a qual ele não conseguia manter nem dois centímetros de distância. E ela seria dele, ela e aquele coração brilhante dela. Esse era seu novo objetivo! Ambos com objetivos traçados. Um queria conquistar o novo lado do outro! Agora começava um jogo, só que nesse jogo não existia perdas, qualquer coisa era ganho, lucro, aprendizado. Ele estava apaixonado pelo novo "eu" dela e ela pelo dele. O novo lado deles só foi notado naquele momento, mas ele já existia, estava ali, guardadinho, esperando ser visto pelos olhos do coração. Cada vez que eles se olharem com os olhos do coração vão descobrir um lado novo e assim se apaixonarão novamente, como se fosse a primeira vez.